domingo, 18 de dezembro de 2011

FILHOS, PROPRIEDADE OU EMPRÉSTIMO?

Sou de um tempo não muito distante no qual os filhos ao sairem para um passeio, uma festa ou mesmo irem brincar na casa do vizinho, por questões de respeito, segurança, honradez, porque não dizer, medo, nos dirigiamos aos pais para pedir ou lhes informar que

- " pai, mãe, vou.a tal lugar com fulano, beltrano, ciclano e volto a tantas horas ou daqui a tantos minutos, sua benção."

A resposta positiva vinha do outro lado com um sonoro "Deus te abençoe."

Essa resposta para nós era como uma âncora de segurança, pois significava a aprovação deles e a certeza de que naquilo que nos propunhamos fazer não havia dolo ou risco e nas eventualidades sempre presentes nas nossas decisões, poderíamos contar com eles.

Se porventura não tinhamos esse zelo para com eles, eu pelo menos, ao chegar em casa ouvia da saudosa Dona Maria Luiza uma sonora e firme indagação: 

- "Porque você saiu sem abanar o rabo? Ainda não morri viu!"

Isso sem contar que ela ficava acotovelada na janela boa parte do dia ou da noite esperando pelo filho pródigo, ansiando por identifica-lo à distancia e assim, sem demonstrar fraqueza acalmar seu coração pelo nosso retorno.

Os tempos hoje são difíceis. Estou nos meus 5.2 e com dois filhos de 20 e 25 anos, universitários, conscios e responsáveis de suas tomadas de decisão, mas que vez por outra é preciso reorientar.

Mas vejo inúmeros pais ainda iniciando essa jornada e muito me angustia saber, que muito daquilo que vivenciamos se perdeu e nem fumaça daqueles valores, ou para os mais céticos, daqueles costumes se percebe hoje.

Ao contrário, com toda a tecnologia de comunicaçao disponível hoje, pela perda desses valores e uma pseudo autonomia de muitos filhos e permissividade de muitos pais, via de regra o rito de saída é:

-"vazei..., fui..., inté...",

ficando para trás os corações, principalmente maternos, por mais indiferente ou extremamente zelosos que sejam,  carregados de angústia até uma sinalização de suas crias ou heranças,  que lhes acalmem. Há aqueles que mais pragmaticamente, se acalmam com a ausência de notícia ruim.

Prezados pais, futuros pais e avós desse tempo moderno que me leem nessa simples reflexão. Ontem recebi de minha amiga e mãe da Babi, um fragmento de texto escrito por José Saramago onde ele diz:

"Filho é um ser que nos foi emprestado para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo".
Apesar de preferir acreditar que nossos filhos são herança e falaremos disso em outra oportunidade.

Prezados filhos que certamente também me lêem. Existe uma ordenança bíblica e não quero aqui fazer indução aos aspectos da fé ou ao menos da religiosidade, aliás esse é um daqueles princípios que se esfumaçou também, mas essa ordenança traz consigo uma promessa e diz:

"Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá." Êxodo 20:12

Isso é prático, é ato e consequencia, experimente!

Outra coisa que sugiro a vocês filhos, é que comecem a desenvolver em vocês a capacidade de se colocar no lugar do outro - pai e mãe - quando de sua tomada de decisão.

Quando mais jovem, tive certa vez a oportunidade de ser introduzido nas drogas pelo meu "bando de amigos" e me fortalecer perante eles, mas graças a Deus que, num lapso de consciencia me perguntei naquele momento: "como minha mãe receberia essa noticia? " Felizmente me safei e escutei do "bando":

- "Você sabe que papagaio falador morre cedo, né?"

Ainda bem sempre fui um papagaio muito calado. (risos)

Sempre afirmei e afirmo que creio no ser humano. Já tive inúmeras decepções. Mas, quando descrer disso avalio que não estarei apto a me relacionar com a sociedade dos homens e portanto, viver.

Daí, avalio que essas nossas breves, simples e nem sempre regulares reflexões podem nos levar, vez por outra, permitir que uma estrela do mar seja recolhida da areia da praia e devolvida ao seu habitat para dele desfrutar de suas belezas e riquezas.

Uma ótima semana, deguste, partilhe seu MANÁ DA SEMANA!

 Com carinho,

Samuel Gomes

 * desculpem alguns erros de grafia que possam ser identificados. Uso uma versão de teclado original americano e até o vencimento da garantia teremos de conviver com elas, mas prometo minimizar isso.

sábado, 26 de novembro de 2011

O "LOUCO" E O BEIJA FLOR

Algumas pessoas costumam dizer quando um ano ou algum período de suas vidas não reservam boas lembranças, que aquele ano deve ser esquecido.

Se assim pensasse, diria a você nesse momento que 2002 deveria ser riscado de minha história de vida. Porém, os ensinamentos, a herança da fé de minha saudosa mãe e os sempre presentes aconchegos de meu pai, ainda que apenas em pedaços escritos de papel, mas carregados de puro amor e carinho, não me permitem, ao contrário, fazem com que eu sempre procure nas adversidades entender qual o objetivo delas virem sobre mim.

Naquele ano, enfrentamos muitas adversidades em família.

Minha esposa foi (eu disse foi) acometida de uma enfermidade e a enfrentou com a coragem e galhardia de uma heroína.

Uma de minhas queridas sobrinhas ainda adolescente, viveu um momento de muita dificuldade em seu relacionamento familiar e veio ficar conosco por um tempo e pude lhe dedicar um pouco de carinho e afeto naqueles dias.

Nossa cadelinha de oito anos foi morta em atropelamento por um descuido meu e nos causou grande tristeza.

Em meio a tudo isso, fui surpreendido por um surto psicológico diagnosticado como "síndrome do pânico", o qual me afastou do trabalho e do convívio social por quatro longos meses.

Durante esses meses, o que me estabilizava era caminhar pela quente e escaldante cidade de Ipatinga, em  alguns dias por até cinco horas em sol a pino.

Nesse caminhar, não via ou reconhecia ninguém que porventura encontrasse ou me chamasse.

Em um desses episódios de pseudo andarilho, depois de uma caminhada de mais de cinco quilometros ao sol de meio dia, estava sozinho no sítio da família e resolvi usar a mangueira para regar algumas plantas.

Lembro-me que o sol da tarde reluzia de forma intensa sobre os jatos de água projetados da mangueira em um espetáculo que me chamou a atenção de forma intensa que até então naqueles meses de crise nada o tinha feito.

De repente, aquele momento de quase êxtase e deleite foi interrompido por um intruso beija-flor que insistia em voar à minha frente, interrompendo aquele meu minuto mágico e impedindo que os raios de sol mantivessem seu brilho nas gotas d'água projetadas sobre o jardim.

Não adiantou em nada o mudar de direção do jato, porque aquele intruso o acompanhava. A minha ira se acendeu contra ele e passei a pressionar o bico da mangueira de forma a proporcionar maior pressão à água e assim, quem sabe, espantar aquele "desmancha prazer".

Eis que sem perceber, fui movido a projetar o jato da água para o alto de forma a criar uma quase chuva artificial com longo espectro de partículas que ao sol proporcionaram um espetáculo sobremodo mais bonito do que até então vinha desfrutando.

Isso se comparado ao que aconteceu em seguida, não pode ser tido como algo de tamanha significância. Desviei meu olhar das partículas reluzentes de água para aquele frágil, mas valente beija-flor e pude ver que ele, assim como eu, se esbaldava pairando sobre suas asas aproveitando aquela "chuva serôdia" que a mangueira passou a produzir e nela se refrescava naquela tarde quente de agosto do ano de 2002.

Olhando aquilo, ouvi no meu íntimo Deus falando comigo naquele solitário lugar o seguinte relato do Evangelho, quando Jesus disse à alguns  que com Ele estavam:

 "Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?" Mateus 6:26

Com imensa emoção percebi naquele momento, que verdadeiramente estava sob os cuidados de Deus e  que como afirmara Habacuque em sua experiência;

"... ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação."
Habacuque 3:17-18

Isso foi de tamanha importância para mim naquele tempo de escuridão e tristeza, que fui tomado de intensa gratidão a Deus e até os dias de hoje, não canso de dar Graças a Ele por tudo.

Resolvi dividir com você hoje, esse depoimento de minha própria experiência porque ontem, 25 de novembro foi o Dia Mundial de Ações de Graças. Uma data ilustrativa de um calendário religioso, mas uma ótima oportunidade para nossa reflexão sobre os livramentos e benefícios que Deus nos concede, independentemente de nosso pedido ou até percepção do que Ele nos tem feito.

Não importa a nossa condição ou situação, compreendi isso naquele agosto de 2002. Importa sim, nos achegarmos a Deus, primeiro com gratidão, depois com súplicas. Ele, segundo sua infinita misericórdia nos atenderá ao Seu tempo.

Espero que essas letras se tornem causa e efeito na sua vida, assim como foi aquele intruso beija-flor na vida desse "louco" que vos escreve.

Um forte abraço e bom Maná.

Com carinho

Samuel Gomes

sábado, 19 de novembro de 2011

Você é um Envelhescente?

Mário Prata - texto extraído do livro "100 Crônicas", Cartaz Editorial/Jornal O Estado de São Paulo, São Paulo, 1997, pág. 13.

"Se você tem entre 45 e 65 anos, preste bastante atenção no que se segue. Se você for mais novo, preste também, porque um dia vai chegar lá. E, se já passou, confira.

Sempre me disseram que a vida do homem se dividia em quatro partes: infância, adolescência, maturidade e velhice. Quase correto. Esqueceram de nos dizer que entre a maturidade e a velhice (entre os 45 e os 65), existe a ENVELHESCÊNCIA.

A envelhescência nada mais é que uma preparação para entrar na velhice, assim com a adolescência é uma preparação para a maturidade. Engana-se quem acha que o homem maduro fica velho de repente, assim da noite para o dia. Não. Antes, a envelhescência. E, se você está em plena envelhescência, já notou como ela é parecida com a adolescência? Coloque os óculos e veja como este nosso estágio é maravilhoso:

— Já notou que andam nascendo algumas espinhas em você? Notadamente na bunda?

— Assim como os adolescentes, os envelhescentes também gostam de meninas de vinte anos.

— Os adolescentes mudam a voz. Nós, envelhescentes, também. Mudamos o nosso ritmo de falar, o nosso timbre. Os adolescentes querem falar mais rápido; os envelhescentes querem falar mais lentamente.

— Os adolescentes vivem a sonhar com o futuro; os envelhescentes vivem a falar do passado. Bons tempos...

 — Os adolescentes não têm idéia do que vai acontecer com eles daqui a 20 anos. Os envelhescentes até evitam pensar nisso.

— Ninguém entende os adolescentes... Ninguém entende os envelhescentes... Ambos são irritadiços, se enervam com pouco. Acham que já sabem de tudo e não querem palpites nas suas vidas.

— Às vezes, um adolescente tem um filho: é uma coisa precoce. Às vezes, um envelhescente tem um filho: é uma coisa pós-coce.

 — Os adolescentes não entendem os adultos e acham que ninguém os entende. Nós, envelhescentes, também não entendemos eles. "Ninguém me entende" é uma frase típica de envelhescente.

— Quase todos os adolescentes acabam sentados na poltrona do dentista e no divã do analista. Os envelhescentes, também a contragosto, idem.

— O adolescente adora usar uns tênis e uns cabelos. O envelhescente também. Sem falar nos brincos.

— Ambos adoram deitar e acordar tarde.

— O adolescente ama assistir a um show de um artista envelhescentes (Caetano, Chico, Mick Jagger). O envelhescente ama assistir a um show de um artista adolescente (Rita Lee).

— O adolescente faz de tudo para aprender a fumar. O envelhescente pagaria qualquer preço para deixar o vício.

— Ambos bebem escondido.

— Os adolescentes fumam maconha escondido dos pais. Os envelhescentes fumam maconha escondido dos filhos.

— O adolescente esnoba que dá três por dia. O envelhescente quando dá uma a cada três dia, está mentindo.

— A adolescência vai dos 10 aos 20 anos: a envelhescência vai dos 45 aos 60. Depois sim, virá a velhice, que nada mais é que a maturidade do envelhescente.

— Daqui a alguns anos, quando insistirmos em não sair da envelhescência para entrar na velhice, vão dizer:

—  É um eterno envelhescente!

Que bom."


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Raul


Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente.  Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como o Raul.

Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio.

Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta nanquim.

Já o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena.

Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase.

Deu no que deu. O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas.

No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de 'paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino'.

E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo.

Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional. Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos.

E quem era o chefe do Pena? O Raul.

E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito.

O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação.

Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava. Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito.

Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa.

Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta. E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta.

O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer.

Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o Vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul.

E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável:...

- ELE ENTENDIA DE GENTE!

Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos.

E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima:

“Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo".

Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas. Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert e todo pintor comum, um gênio.

Essa era a principal competência dele.

'Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam Grandes".

(Texto de Max Gehringer - CBN)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

SER OU TER...

"Fui criada com princípios morais comuns.
Quando criança, ladrões tinham a aparência de ladrões e nossa única preocupação em relação à segurança era a de que os “lanterninhas” dos cinemas nos expulsassem devido às batidas com os pés no chão quando uma determinada música era tocada no início dos filmes, nas matinês de domingo.
Quanto mais próximos, e/ou mais velhos, mais afeto.
Mães, pais, professores, avós, tios, vizinhos eram autoridades presumidas, dignas de respeito e consideração.
Inimaginável responder deseducadamente à policiais, mestres, aos mais idosos,
 autoridades.
Hoje me deu uma tristeza infinita por tudo que perdemos
Por tudo que meus netos  um dia temerão
Pelo medo no olhar de crianças, jovens, velhos e adultos.
Matar os pais, os avós, violentar crianças, seqüestrar, roubar, enganar, passar a perna, tudo virou banalidade de notícias policiais, esquecidas após o primeiro intervalo comercial.
Agentes de trânsito multando infratores são exploradores, funcionários de indústrias de multas.
Policiais em blitz são abuso de autoridade.
Regalias em presídios são matéria votada em reuniões
Direitos humanos para criminosos, deveres ilimitados para cidadãos honestos.
Não levar vantagem é ser otário.
Pagar dívidas em dia é bancar o bobo, anistia para os caloteiros de plantão.
O que aconteceu conosco?
Ladrões de terno e gravata, assassinos com cara de anjo, pedófilos de cabelos brancos.
Professores surrados em salas de aula, comerciantes ameaçados por traficantes, grades em nossas janelas e portas.
Crianças morrendo de fome!
Que valores são esses?
Carros que valem mais que abraços, filhos querendo-os como brindes por passar de ano.
Celulares nas mochilas dos recém saídos das  fraldas. TV, DVD, vídeo-games...
Mais vale um Armani do que um diploma.
Mais vale um telão do que um papo.
Mais vale um baseado do que um sorvete.
Mais valem dois vinténs do que um gosto.
Jovens ausentes, pais ausentes.
E o presente? uma droga!
O que é aquilo?
Uma árvore, uma galinha, uma estrela, ou uma flor?
Quando  foi que tudo sumiu ou virou ridículo?
Quando foi que esqueci o nome do meu vizinho?
Quando foi que olhei nos olhos de quem me pede roupa, comida, calçado sem sentir medo?
Quando foi que me fechei?
Quero de volta a minha dignidade, a minha paz.
Quero de volta a lei e a ordem.
Quero liberdade com segurança!
Quero tirar as grades da
minha janela para tocar as flores!
Quero sentar na calçada
 e ter a porta aberta nas noites de verão.
Quero a honestidade como motivo de orgulho.
Quero a vergonha, a solidariedade.
Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olho no olho.
Quero a esperança, a alegria. Teto para todos, comida na mesa, saúde a mil.
Quero sentar na calçada e ter a porta aberta nas noites de verão.
Quero a honestidade como motivo de orgulho.
Quero a vergonha, a solidariedade.
Quero a retidão de caráter, a cara limpa e o olho no olho.
Quero a esperança, a alegria.
Teto para todos, comida na mesa, saúde a mil.
Quero calar a boca de quem diz: “ a nível de”, enquanto pessoa.
Abaixo o  “TER”, viva o“SER”!
E viva o retorno da verdadeira vida, simples como uma gota de chuva, limpa  como um céu de abril, leve como a brisa  da manhã! 
E definitivamente comum, como eu.
Adoro o meu mundo simples e comum.
*Vamos voltar a ser “gente”?
*Discordar do absurdo.
*Ter o amor, a solidariedade, a fraternidade como base. 
*A indignação diante da falta de ética, de moral, de respeito...
*Construir sempre um Mundo melhor, mais justo, mais humano, onde as pessoas respeitem
as pessoas.
VIVER a Vida com Etica e Cidadania Faz toda diferença
Utopia?
Não...
...hein?
Quem sabe?...
E...
se você e eu fizermos nossa parte e contaminarmos mais pessoas, e essas pessoas contaminarem mais pessoas..."
(desconhecida a autoria)

NUNCA DEIXE DE SER PARA TER...

UMA ABRAÇO CARINHOSO!

Samuel Gomes

sábado, 5 de novembro de 2011

A VIDA E UM CAFÉ... REFLEXÕES!


Esta não foi uma semana muito tranquila. Tomei muitos cafezinhos para animar, focar, sei lá pra que. Mas hoje, relendo alguns escritos guardados dos quais não tenho registro de autoria, vi que não saboreei os "cafés", nem a vida e as realizações do meu trabalho. Leiam as reflexões abaixo, mas não deixe de saborear o seu café!

Primeiro café: 
"Alguns ex-alunos foram visitar um professor universitário. E conversavam sobre stress no trabalho e na vida. 

O professor foi à cozinha e retornou com um bule e uma variedade de xícaras - de porcelana, plástico, vidro, cristal e disse para se servirem. Quando todos estavam de xícaras em punho, ele diz:

- vocês pegaram as xícaras bonitas e caras, e deixaram as simples e baratas. Normal que queiram o melhor para si, mas isto é a fonte dos seus problemas e stress. A xícara em si não adiciona qualidade nenhuma ao café, são apenas mais caras e, algumas vezes, até ocultam o que estamos bebendo. Vocês realmente queriam o café, não as xícaras, mas ficaram todos de olho nas xícaras uns dos outros. A Vida é o café. O emprego, dinheiro e posição social são as xícaras e são apenas ferramentas para sustentar e conter a Vida. O tipo de xícara que temos não define, nem altera nossa qualidade de Vida. 

Quando nos concentramos apenas na xícara, deixamos de saborear o café que Deus nos deu.

Saboreie o seu café!"


Segundo café: 
"Um professor, diante de sua classe de filosofia, pegou um pote de maionese, grande e vazio, e o encheu com bolas de golf.

Perguntou aos seus alunos se o frasco estava cheio e estes disseram que sim. Ele pegou bolas de gude e jogou dentro do pote até preencher os vazios entre as bolas de golf e voltou a ouvir de seus alunos que SIM o pote estava cheio.
Depois, pegou areia e preencheu os espaços vazios e os alunos, responderam que o pote agora definitivamente estava cheio.

O professor pegou um copo de café e encheu todos os espaços vazios do pote. O professor lhes falou:

- Quero que entendam uma coisa: o pote de maionese representa nossas vidas
As bolas de golf são as coisas mais importantes, Deus, a família, os filhos, os amigos; coisas que, mesmo perdendo todo o resto, ainda assim, as nossas vidas estariam cheias e repletas de felicidade.

As bolas de gude são o trabalho, a casa bonita, o carro novo etc. A areia são todas as pequenas coisas, mas, se a tivéssemos colocado em primeiro lugar, não haveria espaço para as bolas de golf.

Amem a Deus! Brinquem com seus filhos, divirtam-se em família, dedique tempo a vocês mesmos, mas ocupem-se das bolas de golf, em primeiro lugar! O resto é apenas areia.

Um aluno perguntou e o café? O café, respondeu o professor, serve apenas para demonstrar que sempre deverá haver lugar para tomar um café com um amigo."

Nunca se esqueçam de quando puder e quiser, de me fazer o convite:

- Vamos tomar um café? 

Irei com todo o prazer que a vida nos oferece a partir de uma amizade sincera.

Um forte abraço!
Samuel Gomes

sábado, 24 de setembro de 2011

MODÉSTIA MINEIRA

"Estava um amigo num passeio em Roma quando, ao visitar a Catedral de São Pedro ficou abismado ao ver uma coluna de mármore com um telefone de ouro em cima.

Vendo um jovem padre que passava pelo local foi perguntar razão daquela ostentação.

O padre então lhe disse que aquele telefone estava ligado a uma linha direta com o paraíso e que se ele quisesse fazer uma ligação teria de pagar  100 dólares.

Ficou tentado com "o trem" porém declinou da oferta.

Continuando a viagem pela Itália encontrou outras igrejas com o mesmo telefone de ouro na coluna de mármore. Em cada uma das ocasiões  perguntou a razão da existência e a resposta era sempre a mesma:
 -
Linha direta com o paraíso ao custo de 100 dólares a ligação.

Depois da Itália, chegando ao Brasil, foi direto para  Belo Horizonte. Ao visitar a nossa gloriosa Catedral de Nossa Senhora da Boa Viagem, ficou surpreso ao ver novamente a mesma cena: uma coluna de  mármore com um telefone de ouro.

Sob o telefone um cartaz que dizia:
LINHA DIRETA COM O PARAÍSO - PREÇO POR LIGAÇÃO = R$ 0,25 ( vinte e cinco centavos ).
Não agüentou e disse :
- Uai.... padre viajei por toda a Itália e em todas as catedrais que visitei vi telefones exatamente iguais a este, mas o preço da chamada era 100 dólares. Por que aqui é somente R$ 25 centavos?

O Padre sorriu e disse ao meu amigo:
- Você está em Minas Gerais. Aqui a ligação é local."

O PARAÍSO É AQUI.....
Essa é para os apaixonados por Minas Gerais e para aqueles que ainda não o conhecem se apaixonarem.
Um forte abraço e boa Viagem!










    
 

 

 
 
         

É isso aí uai!


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

QUANDO O TEU(TUA) FILHO(A) DISSER: PAI, MÃE NÃO SE METAM NA MINHA VIDA!

Aprofundando meus estudos na Família, seus valores, seus princípios, suas riquezas, seus conflitos, recordei um fato onde escutei um jovem gritar para seu pai:
NÃO SE META NA MINHA VIDA!”
Essa frase tocou-me profundamente. Tanto que, frequentemente,  a recordo e comento nas minhas conferências com pais e filhos.
Se, em vez de sacerdote,  tivesse optado por ser pai de família,  o que diria ante essa exclamação impertinente de meu(minha) filho(a)?
PAI, MÃE NÃO SE METAM NA MINHA VIDA!
Esta  poderia ser a minha resposta:
“FILHO, UM MOMENTO, NÃO SOU EU QUE ME METO NA SUA VIDA, FOI VOCÊ QUE SE METEU NA MINHA!”
Faz muitos anos que pelo amor que tua mãe e eu sentimos, você chegou em nossas vidas e ocupaste todo nosso tempo.
Tua mamãe e eu ficamos aguardando os nove meses. Ela tinha que ficar de repouso para ter uma gravidez tranquila e eu tive que me dividir entre as tarefas do meu trabalho e as da casa para ajudá-la.
Os gastos aumentaram incrivelmente,  eram despesas com um bom pediatra, com ginecologista, em medicamentos, na maternidade, para comprar todo o seu guarda-roupa etc.
Tua mãe não podia ver nada de bebê, que não o quisesse para ti. Compramos tudo o que podíamos, contando que você estivesse bem e tivesse o melhor possível.
Chegou o dia em que nasceste!
Compramos lembrancinhas de recordação para dar aos que te vieram conhecer.
Desde a primeira noite não dormimos.
A cada três horas,  como um alarme de relógio, despertavas para te darmos de comer.
Outras poucas vezes, até chorávamos contigo porque não sabiamos o motivo e o que fazer quando você chorava.
Quando você começou a andar ou quando pensou que já sabias, tive que andar mais atrás de “você".
Já não podia sentar-me tranquilo para ler o jornal, ver um filme ou o jogo do meu time favorito, porque bastava você estar acordado, e tinha que sair atrás de você para evitar que se machucasse.
Você foi crescendo e já não querias que te levássemos às festas em casa de teus amiguinhos.
Porque já eras “crescido”,  não querias chegar cedo em casa.
Você se incomodava por impormos regras.
Não podíamos fazer comentários  sobre os teus amigos, sem que você se voltasse contra nós, como se os conhecesse por toda a tua vida e fôssemos "desconhecidos“ para ti.
Cada vez sei menos de você por você mesmo.
Já quase não quer falar comigo.
Diz que apenas sei reclamar, e tudo o que faço está mal, ou é razão para que rias de mim, e pergunto: como, com esses defeitos pude dar-lhe  o que até agora tens tido? 
Eu e, com certeza a sua mãe, só dormirmos tranquilos quando vemos que você está conectado nos sites de relacionamento, sinal que já estas em casa.
Já quase não falamos, não me contas as tuas coisas. Agora só me procuras  quando tens que pagar algo ou necessitas de dinheiro  para a universidade, ou para se divertir.
Ou pior ainda, procuro-te, quando tenho que chamar-te a atenção.
Mas estou seguro que diante destas palavras: "NÃO TE METAS NA MINHA VIDA", podemos responder juntos:
FILHO(A), NÃO ME METO NA TUA VIDA, POIS FOI VOCÊ QUE SE METEU NA MINHA, MAS TE ASSEGURO QUE DESDE O PRIMEIRO DIA ATÉ O DIA DE HOJE, NÃO ME ARREPENDO QUE TENHAS SE METIDO NELA E A TENHAS TRANSFORMADO PARA SEMPRE!
TODO O TEMPO, VOU METER-ME NA TUA VIDA, ASSIM COMO VOCÊ SE METEU NA MINHA, PARA AJUDAR-TE, PARA FORMAR-TE, PARA AMAR-TE E PARA FAZER DE TI UM(UMA) HOMEM(MULHER) DE BEM!
SÓ OS PAIS QUE SABEM METER-SE  NA VIDA DE SEUS FILHOS CONSEGUEM FAZER DELES, HOMENS E MULHERES QUE TRIUNFAM NA VIDA E  SÃO CAPAZES DE AMAR!
  PAIS: MUITO OBRIGADO Por se meterem  na vida dos seus filhos.
Ah, melhor ainda, corrijo, por terem deixado que  os seus filhos se metam  nas suas vidas!
E para vocês filhos,
VALORIZEM SEUS PAIS.
NÃO SÃO PERFEITOS, MAS AMAM VOCÊS
E TUDO O QUE DESEJAM É QUE VOCÊS SEJAM CAPAZES  DE ENFRENTAR A VIDA E TRIUNFAR  COMO HOMENS OU MULHERES DE BEM !
A vida dá muitas voltas, e, em menos tempo do que vocês imaginam, alguém lhes dirá:
“NÃO TE METAS NA MINHA VIDA!”

A paternidade e a maternidade não são um capricho ou um acidente, são um dom de Deus, que nasce do Amor!
Deus os abençoe a todos!
(o autor desconhecido se intitula "O Sacerdote")