sábado, 21 de julho de 2012

O VALOR DOS PAIS


“Um jovem de nível acadêmico excelente candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa.

Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última entrevista e tomou a última decisão.

O diretor descobriu através do currículo que as suas realizações acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até a pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.

O diretor perguntou, "Tiveste alguma bolsa na escola?" o jovem respondeu, "nenhuma".

O diretor perguntou, "Foi o teu pai que pagou as tuas mensalidades?" o jovem respondeu,

- "O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."

O diretor perguntou, "Onde trabalha a tua mãe?" e o jovem respondeu, "A minha mãe lava roupa."

O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.

O diretor perguntou, "Alguma vez ajudaste a tua mãe a lavar as roupas?", o jovem respondeu, "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu."

O diretor disse, "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltares, vais e limpas as mãos da tua mãe, e depois vens ver-me amanhã de manhã."

O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou a casa, pediu feliz à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou o estranho, estava feliz, mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.

O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpava com água.

Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro.

Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.

Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.

O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, "Diz-me, o que fizeste e aprendeste ontem em tua casa?"

O jovem respondeu, "Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram."

O diretor pediu, "Por favor, diz-me o que sentiste."

O jovem disse "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."

O diretor disse, "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas, e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Estás contratado."

Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.

Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis, vai desenvolver- se mentalmente e vai sempre colocar-se em primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e quando começar a trabalhar, vai assumir que toda a gente o deve ouvir e quando se tornar gerente, nunca vai saber o sofrimento dos seus empregados e vai sempre culpar os outros.

Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um bocado, mas eventualmente não vão sentir a sensação de objetivo atingido. Vão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais. Se somos esse tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?

Pode deixar o seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande plasma. Mas quando cortar a grama, por favor, deixe-o experienciar isso.

Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Deixe-o guardar seus brinquedos e arrumar sua própria cama. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer amar como deve de ser.

Quer que ele entenda que não interessa o quão rico os seus pais são, um dia ele vai envelhecer, tal como a mãe daquele jovem.

A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço, a experiência da dificuldade e a aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.

Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por mim?

O valor de nossos pais...

Um dos mais bonitos textos sobre educação familiar que já li e afirmo ser uma leitura obrigatória para os pais e, principalmente, para os nossos filhos.” 


Autoria desconhecida.


Nesse dia, quero homenagear os pais do JUAN, a tia Célia, a prima dele, Juliana e demais familiares de nosso guerreiro por não poupar suas mãos na busca de tudo que foi possível para somar ao desejo de viver demonstrado por ele.

Hoje ao olharem suas mãos (representando aqui tudo em vocês), as quais certamente trazem marcas, rugas e dor lembrem-se que o Guerreiro Azul foi tão marcante e importante para nós todos, e permitam me incluir, que Deus o recolheu numa data do calendário social que muito significa para nós que é o "DIA DO AMIGO" e como ele foi AMIGO.

Que o nosso Deus, Amigo Verdadeiro os console e renove.

Desejo e peço a todos que leram nosso MANÁ DA SEMANA nessa edição, sejam pais ou filhos, que nunca deixem de olhar e cuidar das mãos daqueles que as oferecem ou ofereceram em esforço e desgaste para nosso viver.

Boa Leitura!

Saudades, JUAN - GUERREIRO AZUL

sábado, 14 de julho de 2012

HISTÓRIAS DE MINHA AVÓ - UM DESABAFO.


Por Angelo Vaz

Na fila do supermercado, o homem da caixa diz a uma senhora idosa:

- A senhora deveria trazer os seus próprios sacos para as  compras, uma vez que os sacos de plástico não são amigos  do meio ambiente.

 A senhora pediu desculpas e disse:

- Não havia essa onda verde no meu tempo.

 O empregado respondeu:

- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. A sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso  meio ambiente!

-Você tem razão.

Responde a senhora idosa! E ela continua.

- A nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava-as de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de as tornar a utilizar, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.

- Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até ao comércio, em vez de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos de caminhar dois quarteirões.

- Mas você tem razão. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Naquele tempo, as fraldas dos bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis.

- Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 2200 Watts. A energia solar e aeólica é que realmente secavam as nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido dos seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

- Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias.

- Naquela época só tínhamos uma televisão ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha um ecrã do tamanho de um lenço, não um ecrã do tamanho de um estádio; que depois será descartado, e como?

- Na cozinha, tínhamos que bater tudo à mão porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para enviar pelo correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico com bolhas ou pallets de plástico que duram quinhentos anos para se degradarem.

- Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a relva, era utilizado um cortador de relva que exigia músculos. O exercício era extraordinário e natural, e não precisávamos de ir a um ginásio e usar máquinas para fazer de conta que caminhamos e que também funcionam a eletricidade. Preferíamos caminhar na cidade ou no campo.

- Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas que agora envenenam os oceanos.

- Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas (afiáveis), e agora deitamos fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina deixou de cortar.

- Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o autocarro e os meninos iam de bicicleta ou a pé para a escola, em vez de usar a mãe ou o pai como um serviço de táxi 24 horas.

-Tínhamos apenas uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.

- Então, não é engraçado que a atual geração fale tanto no meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?


UM FORTE ABRAÇO E DAQUI UNS DIAS TEM MAIS.

Samuel Gomes